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Como os cristãos indígenas são perseguidos

A autonomia legal das comunidades indígenas gera restrições sobre as crenças do povo e punições para quem não as cumprem
Portas Abertas • 30 jan 2018
O amor de Deus está com os cristãos indígenas

Ao final das atividades do ano letivo no abrigo apoiado pela Portas Abertas, La Casita, as crianças e suas famílias devem retornar às suas comunidades onde os indígenas tradicionais os esperam. A jornada de volta para casa é lenta; eles caminham dias e noites pela floresta, sabendo que o que os espera em sua aldeia é um “julgamento” que pode acabar com a privação da liberdade das crianças e a proibição de retornar ao abrigo.

As autoridades indígenas exigem a presença das crianças cristãs indígenas na comunidade para treiná-las no misticismo, na feitiçaria e no ódio aos cristãos. Da mesma forma, eles os obrigam a se casar com não-cristãos para cumprir as tradições indígenas e erradicar a fé cristã de seus territórios. Em um encontro recente com as mães dessas crianças, elas expressaram em sua língua tradicional os medos mais profundos, que são a falta de liberdade e os ataques do inimigo.

Um dos maiores problemas com a perseguição indígena cristã reside na lei. Isso porque, de acordo com a Constituição de 1991, a comunidade indígena é autônoma e independente, podendo criar e gerir políticas de saúde, economia, direitos territoriais e educação.

Apesar das incertezas, Javier Méndez*, o missionário que atende a comunidade Arhuaca, afirma com esperança: “Não sabemos o que acontecerá, no entanto, esse é o momento em que as crianças podem estreitar seu relacionamento com Deus. Elas podem orar a ele à noite e cantar para ele nas manhãs, e assim conhecerão o poder dele e entenderão a quem foram chamadas. Espero que a fé delas seja fortalecida”.

*Nome alterado por segurança.

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